Com o desenvolvimento das técnicas avançadas de laparoscopia retroperitoneal e o maior conhecimento da anatomia do plexo lombossacral intrapélvico, nos últimos anos, registou-se um progresso significativo no âmbito dos encarceramentos nervosos.
É muito importante que homens e mulheres com dor resultante dos encarceramentos intrapélvicos tenham acesso ao tratamento. Estima-se que 7% das mulheres submetidas a histerectomia vaginal por prolapso uterino desenvolvem dor neuropática no pós-operatório.
Boa parte dessas doentes não é diagnosticada, porque os encarceramentos intrapélvicos produzem sintomas relacionados com os dermátomos dos nervos e não necessariamente dor pélvica, que acaba por ser um sintoma secundário.
Nestes casos, devemos ver se há dor no nervo ciático, dor perineal, sintomas urinários refratários ou disfunção sexual relacionada com os encarceramentos.
Dispomos já de novos métodos de diagnóstico, como a tractografia, uma técnica normalmente utilizada no sistema nervoso central, mas que já tem indicação clínica para ser aplicada no sistema nervoso periférico intrapélvico.
Por Dr. Nucelio Luiz de Barros Moreira Lemos - CRM-SP: 113.015
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