Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP) a dor é “uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”.
Ela pode ser subclassificada em dor aguda e dor crônica (DC), sendo que a dor crônica se caracteriza por superar um período de 3 meses (tempo habitual de cura de uma lesão).
A DC é um problema de 40% da população brasileira e um dos agravantes dessa condição é a tendência de o paciente restringir seus movimentos como uma forma de se proteger da dor, mas esse é um hábito muito prejudicial.
É por isso que o tratamento exige cuidados como o acompanhamento com equipe multidisciplinar e as intervenções multimodais. A fisioterapia, então, cumpre um papel muito importante no tratamento: ajudar o paciente a se movimentar normalmente.
Rafaéle Gomes Corrêa - CREFITO: 198600-F, fisioterapeuta do Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia (INCREASING) explicou como, a partir de 4 mecanismos, o exercício e o movimento auxiliam na melhora da dor. Confira:
➡️ Liberação de opioides, ativando o sistema endofinérgico, causando analgesia.
➡️ Diminuição da fadiga e da excitabilidade do sistema nervoso, consequentemente diminuindo a dor.
➡️ Modulação condicionada da dor, promovendo alivio da dor e fazendo com que o sistema analgésico atue na estabilidade do limiar de dor.
➡️ Redução da somação temporal, em que o acumulo de estímulos vai se somando e não gera habituação, fazendo com que a dor seja percebida com o mínimo estímulo/ movimento/ toque.
No decorrer do processo de tratamento, a fisioterapia com intervenções multimodais auxilia o paciente a ter de volta o movimento e viver sem dor.