Como a fisioterapia pélvica pode ajudar as pessoas com Endometriose


A Endometriose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina. Esta doença afeta, principalmente, mulheres durante o período reprodutivo e o sangramento e inflamação decorrentes dos focos de endometriose causam modificações em todo o organismo da pessoa portadora de endometriose.

Os sintomas clássicos da endometriose são: dismenorreia (cólica menstrual), dispareunia (dor na relação sexual) e a “dor do meio”, que ocorre durante a ovulação (no meio do ciclo menstrual). Além disso, muitas portadoras de endometriose apresentam dor pélvica não cíclica, disquezia (dor ao evacuar), disúria (dor ao urinar), alteração no hábito intestinal e infertilidade.

Conforme explica a Dra. Regiane Santinello Migliorini, a Fisioterapia Pélvica tem papel essencial no tratamento global da pessoa com endometriose, atuando no controle dos sintomas dolorosos e das alterações urinárias, intestinais e sexuais decorrentes da doença. Neste contexto, enquanto o médico atua com a prescrição de medicamentos para reduzir a atividade inflamatória dos implantes, ou retirando cirurgicamente estes implantes, a Fisioterapia Pélvica atua no controle da dor e no restabelecimento das funções prejudicadas por ela.

Diversos estudos mostram que o tempo entre o início dos sintomas dolorosos e o diagnóstico e tratamento da doença é muito longo. Naturalmente, reagimos à dor com a contração muscular e a adaptação de nossos movimentos, a fim de preservar a área afetada, um fenômeno denominado tecnicamente de “atitude antálgica”.

Nós, fisioterapeutas pélvicos, tratamos estes sintomas com técnicas de liberação miofascial, relaxamento, melhora da função tecidual, muscular e articular de todas as estruturas acometidas pela doença ou pelas alterações posturais decorrentes da dor crônica”, explica a profissional.

Alterações da musculatura do assoalho pélvico são comuns nas portadoras de endometriose. Muitas vezes encontramos pontos-gatilho e/ou espasmos que causam dificuldade em relaxar e ocasionam dor na relação sexual, dificuldade para urinar e evacuar. A inflamação provocada pela endometriose propicia a formação de tecido cicatricial e aderências pélvicas e abdominais, favorecendo o aparecimento desses pontos-gatilho”, complementa a fisioterapeuta pélvica.

Sintomas urinários, como hesitação, urgência miccional, sensação de esvaziamento incompleto e dor ao evacuar ou urinar também podem ser encontrados. Outras condições como síndrome da bexiga dolorosa, neuropatia pudenda, distensão abdominal e a vulvodínia, são situações sintomas muito frequentes relatados por portadoras de endometriose.

Através de uma avaliação completa e detalhada, a fisioterapeuta pélvica traça uma estratégia terapêutica individualizada com objetivos que visam, principalmente, à melhora da qualidade de vida e da autoestima. 

As ferramentas utilizadas para esse processo são: o biofeedback eletromiográfico, técnicas manuais e viscerais, termoterapia, cinesioterapia, o uso de acessórios pélvicos, eletroterapia, reeducação comportamental, além da educação da paciente sobre a anatomia, a dor e a funcionalidade do corpo.

O Increasing possui profissionais altamente capacitados para atender pacientes que precisam de tratamento e até mesmo cirurgia nos casos de endometriose. Sentir dor não é normal, por isso é muito importante a consulta médica e multiprofissional para avaliação e tratamento globais. Para saber mais informações entre em contato pelo telefone (11) 3938-6177 ou se preferir mande uma mensagem pelo WhatsApp no número (11) 98102-03.