Encontrado na região da nádega, o músculo piriforme é responsável por puxar o fêmur em direção ao sacro, fazendo o joelho rodar para fora. Quando esse músculo se inflama, o paciente pode apresentar dor lombar, dor nos glúteos ou na parte posterior superior da coxa, gerando a Síndrome do Piriforme. Por estar muito próximo ao nervo ciático, a identificação exata da origem da dor não é fácil de ser feita, é preciso um médico especialista para avaliar e assim indicar o melhor tratamento.
A síndrome do piriforme pode surgir devido a má postura, passar muito tempo na posição sentada, exercícios excessivos para o glúteo, variações anatômicas, traumas na região ou tão somente por um espasmo muscular local. Outra condição que pode gerar a compressão do músculo piriforme é o ato de sentar sem retirar a carteira do bolso da calça, que acaba pressionando o músculo.
O diagnóstico precisa ser muito cuidadoso para não confundir com outras complicações na mesma região, como a ciatalgia (dor do nervo ciático), radiculopatia por hérnia de disco, sacroileíte (inflamação da articulação sacro-ilíaca, que une o sacro aos ossos da bacia), osteoartrose, e outras dores articulares.
Se a dor glútea profunda estiver aguda, o paciente pode utilizar gelo para massagear suavemente o local e diminuir o espasmo muscular. Evite deixar o gelo por mais de 10 minutos em contato direto com a pele, pois pode causar queimaduras. Nos casos de dor crônica, que já se mantém por mais tempo, a terapia de calor (banho quente ou garrafa de água quente) tem mais eficácia no relaxamento do músculo.
O médico pode prescrever o uso de medicação anti-inflamatória, conforme a intensidade da dor, e cuidados paliativos como a massagem esportiva, a liberação miofascial e a eletroterapia, que devem ser realizadas por um fisioterapeuta.
Melhorar a flexibilidade por meio de alongamento do piriforme também faz parte do tratamento. O objetivo é alongar e relaxar o músculo para que se diminua a pressão sobre o nervo ciático. A acupuntura é outra alternativa que pode ser utilizada, pois esta produz efeitos analgésicos e de relaxamento muscular. Em alguns casos, utiliza-se a toxina botulínica a fim de bloquear os pontos-gatilho.
Paralelo ao tratamento, é essencial realizar sessões de fisioterapia para corrigir a disfunção dos músculos próximos ao piriforme. O fortalecimento muscular de áreas adjacentes ajuda a estabilizar o quadril e tirar a pressão sobre a área afetada.
Todas as medidas visam a garantir a melhoria do quadro clínico do paciente. A reabilitação vai depender de inúmeros fatores, como o grau da lesão, o grau da contratura muscular e os tratamentos prévios já realizados.
Se tiver dores persistentes nas regiões apresentadas neste conteúdo, consulte um médico.
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