A medula espinhal é uma delicada estrutura, localizada dentro da coluna, composta de células nervosas que conectam o cérebro aos nervos que vão para o tronco e os membros. É por meio da medula espinhal que o cérebro consegue enviar comandos e receber informações do restante do corpo. Quando a medula é lesionada, essa comunicação entre cérebro e corpo pode ficar prejudicada.
Feita de tecido mole e rodeada por ossos (vértebras), a extremidade inferior da medula espinhal termina um pouco acima da cintura, na região chamada de cone medular. Abaixo desta região está um grupo de raízes nervosas chamadas cauda equina.
É por conta da lesão na medula espinhal, também chamada de lesão medular, que pessoas ficam paraplégicas - sem conseguir movimentar os membros inferiores - ou tetraplégicas - impossibilitadas de movimentar do pescoço para baixo. O que determina a complicação é a região da medula afetada, quanto mais alta a lesão na coluna vertebral, mais o corpo é acometido.
A lesões medulares se dividem em dois grandes grupos: as lesões traumáticas e as não traumáticas. “Uma lesão traumática pode resultar de um golpe súbito na coluna que fratura, desloca, esmaga ou comprime uma ou mais de suas vértebras. Também pode ser resultado de um ferimento a tiro ou faca que penetra e corta a medula espinhal. Já uma lesão não traumática pode ser causada por artrite, câncer, inflamação, infecções ou degeneração do disco da coluna vertebral”, exemplifica o Dr. Felipe Lemos, fisioterapeuta neurofuncional.
Outras causas comuns de lesão medular traumática estão ligadas a acidentes de trânsito, quedas, atos de violência, lesões esportivas e recreativas (esportes de impacto).
Seja a causa traumática ou não traumática, o dano afeta as fibras nervosas que passam pela área lesada e pode prejudicar parte ou todos os músculos e nervos correspondentes abaixo do local da lesão.
“Uma lesão no peito ou na região lombar pode afetar o tronco, as pernas, a função sexual e o controle do intestino e da bexiga. Uma lesão no pescoço afeta as mesmas áreas, além dos movimentos dos braços e, possivelmente, a capacidade de respirar”, argumenta o Dr. Felipe Lemos.
Além das áreas citadas pelo fisioterapeuta neurofuncional, a lesão medular pode afetar as sensações do corpo, o controle circulatório e a saúde sexual. Também pode causar espasticidade ou flacidez dos músculos com a falta de tônus muscular, perda de peso ou obesidade, atrofia muscular, dores nos músculos ou nas articulações e hipotensão postural.
“A equipe de reabilitação multiprofissional ajuda o paciente a desenvolver as ferramentas necessárias para enfrentar as alterações causadas pela lesão medular, além de recomendar equipamentos e recursos que promovam qualidade de vida e independência”, explica o fisioterapeuta.
O acompanhamento da lesão medular requer uma equipe multiprofissional que pode conter neurologistas, fisioterapeutas, psicólogos, ortopedistas e outros que vão auxiliar o paciente no tratamento e recuperação da qualidade de vida, adaptando a realidade com novas formas de realizar as atividades do dia a dia.
O Increasing (Instituto de Cuidados, Reabilitação e Assistência em Neuropelveologia e Ginecologia) possui uma equipe multidisciplinar com profissionais capacitados que realizam tratamentos e métodos de reabilitação que permitem às pessoas com esse tipo de lesão levar uma vida produtiva e independente. Para mais informações entre em contato pelo telefone (11) 3938-6177 ou, se preferir, mande uma mensagem pelo WhatsApp no número (11) 98102-0372.