Espasticidade e dor neuropática após lesão medular: Como a fisioterapia pode transformar vidas


Quando falamos sobre lesão medular estamos nos referindo a pessoas que sofreram algum tipo de trauma na medula espinhal seja por acidentes, cirurgias, tumores ou doenças inflamatórias e isquêmicas afetando este órgão.


Nesta situação, ocorre uma perda da comunicação entre o cérebro, a medula e os nervos periféricos. Essa perda na comunicação pode levar a problemas de dor neuropática e espasticidade.

A espasticidade é uma condição comum em pacientes com lesão medular que se caracteriza por um aumento anormal do tônus muscular. Isso significa que os músculos ficam excessivamente contraídos ou rígidos, dificultando o movimento voluntário e podendo causar desconforto ou dor.

Como a Espasticidade Ocorre


Após uma lesão medular, a comunicação entre o cérebro e os nervos da medula espinhal é interrompida. O cérebro normalmente regula e modera os sinais que controlam a tensão dos músculos. Quando essa regulação é perdida devido à lesão, os músculos recebem sinais excessivos de contração, levando à espasticidade.


Sintomas da Espasticidade

  • Rigidez Muscular: Os músculos podem se manter em um estado de contração constante.
  • Espasmos: Contrações involuntárias dos músculos que podem ser dolorosas
  • Dificuldade de Movimento: Movimentos voluntários, como andar ou pegar objetos, podem se tornar difíceis ou impossíveis.

Impacto na Vida Diária


A espasticidade pode afetar a mobilidade, a higiene pessoal e a capacidade de realizar atividades diárias. Em alguns casos, a rigidez muscular pode até causar deformidades nas articulações ao longo do tempo.

Em resumo, a espasticidade é um aumento involuntário e excessivo do tônus muscular após uma lesão medular, resultando em músculos rígidos e dificuldades de movimento.


Essa condição de hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento que traz como consequência a diminuição da amplitude de movimento que, por sua vez, leva a contratura muscular e/ou articular, podendo elevar para um quadro de dor crônica”, explica o Dr. Victor Croos Bezerra, fisioterapeuta pelo Increasing.

Devido ao trauma gerado nos nervos sensitivos do sistema nervoso central, o paciente que sofreu a lesão medular também pode apresentar dor neuropática - dor crônica gerada pelos problemas no funcionamento dos nervos. Juntamente com a dor também são comuns outros sintomas como sensação de queimação, choques ou agulhadas nas partes do corpo afetadas.

O manuseio da dor neuropática e da espasticidade, desde a avaliação até a intervenção, precisa de um trabalho conjunto e interdisciplinar a fim de buscar entender as suas relações e como a aplicação de práticas terapêuticas podem melhorar o quadro clínico através do uso ou não de fármacos.

As medidas não farmacológicas incluem uma equipe multiprofissional com a presença, por exemplo, de fisioterapia, psicoterapia, termoterapia ou acupuntura como cuidado especializado, multiprofissional e interdisciplinar.

O tratamento fisioterapêutico é um dos principais meios para controlar a espasticidade e diminuir os quadros de dores em pacientes com lesão medular, pois proporciona condições que auxiliam no controle do tônus, dos movimentos e a aquisição de posturas, o que inibe a atividade reflexa patológica e facilita o movimento normal”, argumenta Dr. Victor Croos.

Entre os diversos recursos fisioterapêuticos existentes, os mais utilizados para diminuir a espasticidades e a dor são: cinesioterapia, eletro/termo e fototerapia, crioterapia, estimulação elétrica (FES); hidroterapia (Watsu), conceito Bobath e terapia vibratória.

O fisioterapeuta é o profissional capacitado para avaliar e prescrever o recurso que será aplicado para cada indivíduo dependendo do nível da lesão, que varia de acordo com o tipo e o local. É também necessário que a reabilitação se inicie o mais precocemente possível para evitar que outros problemas apareçam. 

O Increasing conta com uma equipe multiprofissional capacitada e garante um tratamento interdisciplinar a fim de devolver a esperança e a qualidade de vida aos pacientes.

Para mais informações entre em contato pelo telefone (11) 3938-6177 ou, se preferir, mande uma mensagem pelo WhatsApp no número (11) 98102-0372.